HOMILIA SOLENIDADE SÃO PEDRO E SÃO PAULO
SOLENIDADE SÃO PEDRO E SÃO PAULO Amados e amadas em Cristo,
saudações!
Hoje celebramos, nesta Solenidade, dois corifeus da Igreja: São Pedro e São Paulo.
1-A liturgia da Palavra apresenta-nos, já na primeira leitura, as perseguições que sofria a Igreja de Cristo por causa do anúncio do “evangelho”;
2- Estupendo pensarmos:
“Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele.” (At 12,5) A Igreja vivia na oração. Diante das alegrias e dificuldades do “caminho”, estavam unidos na prática da oração;
3- Hoje, temos a mentalidade de uma Igreja materialista, engajada e ativista, entretanto, o essencial é a oração. Tudo mais brota do encontro com Jesus.
3-Este encontro com o Ressuscitado é libertador. Pedro foi libertado da sensação de fracasso. Mesmo sendo um pescador experiente, sentiu o fracasso da pesca mal sucedida. Como Pedro, também corremos o risco de pensar como o mundo (Mt 16,22), sobretudo nos desafios da vida. Certamente o Senhor, de diversos modos, nos repreenderá (Mt 16,23);
4-Impressiona-me o amor desinteressado de Deus, que, conhecendo as fraquezas de Pedro, chamou-o para ser administrador de seus bens, a apascentar suas ovelhas e, no amor, confirmar seus irmãos;
5-Não nos enganemos, caríssimos, isto é fruto do encontro pessoal com Jesus, fonte e instrumento de libertação. Ser livre em Cristo é exatamente ser preso, pois sua graça restabelece a justiça e a misericórdia no coração do crente;
6-Como Pedro, corremos o risco de não mergulhar ou perceber as maravilhas operadas por Deus em nossa vida. Tão fechados ou centrados em nós mesmos, que nos tornamos incapazes contemplar Cristo.
“Pedro acompanhou-o e não sabia que era realidade o que estava acontecendo por meio do anjo, pois pensava que aquilo era uma visão.” (At 12,9);
7-Agora sobre Paulo: também foi libertado, neste caso ainda mais perigoso: o apóstolo foi libertado de si mesmo. De um rigorismo fechado e não disponível para constatar a ação de Deus;
8-Encanta-me em Paulo a coerência com suas crenças e o modo inovador na evangelização. Sem tirar Cristo, sem perder a essência da fé e, de modo novo, anunciou Cristo com a vida;
9-O que nos encanta nestes gigantes da fé não é somente os frutos de suas obras, tão fecundas. Encanta-me igualmente a fidelidade à missão. As palavras de Paulo servem também para Pedro: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé”. Ambos foram perseverantes e generosos na missão que o Senhor lhes confiara: entre provações e lágrimas, eles fielmente plantaram a Igreja de Cristo, como pastores solícitos pelo rebanho, buscando, não o próprio interesse, mas o de Jesus Cristo. Não largaram o arado, não olharam para trás, não desanimaram no caminho… Ambos experimentaram também, dia após dia, a presença e o socorro do Senhor. Paulo, como Pedro, pôde dizer: “Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar…” (Dom Henrique Soares da Costa);
10-Segundo o Catecismo da Igreja Católica: “O martírio é o supremo testemunho dado em favor da verdade da fé; designa um testemunho que vai até à morte. O mártir dá testemunho de Cristo, morto e ressuscitado, ao qual está unido pela caridade. Dá testemunho da verdade da fé e da doutrina cristã. Suporta a morte com um ato de fortaleza. ‘Deixai-me ser comida das feras. É por elas que me será concedido chegar até Deus”‘. (CIC nº 2473);
11- O sangue de Pedro e Paulo faz crescer ainda hoje a fé no Ressuscitado no coração de todos que buscam Jesus;
12-Sejamos fiéis como Pedro e Paulo, amando a Cristo de todo o coração;
13-A Igreja é o corpo místico de Cristo. Sua essência e missão continua no mundo como sinal profético. “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. (Mt 16, 19-20);
14-Esta é a única Igreja deixada pelo Senhor Jesus. Sua única e verdadeira esposa;
15-“Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que esperam com amor a sua manifestação gloriosa.” Impressiona a consciência da sua morte, contudo, mas Importante: a confiança em Deus.
16-“Nós interpretamos a vida de Jesus e, no nosso coração e na nossa vida, temos de responder a esta pergunta: E para vós, quem sou Eu?” (cardeal Tolentino) Qual modo que conhecemos Jesus? Quem é Jesus nos mais variados contextos de nossa vida? A fé em Jesus faz-nos cidadãos de outro pátria (céu). Torna-nos excluídos de mundo que não aceita a verdade - CRISTO.
17-Hoje nosso olhar se dirige a Igreja de Roma, onde Pedro apascenta, governa e ensina como legítimo pastor e mestre. Lembramos com fé do Papa Francisco;
18-Hoje devemos renovar nossa fidelidade e amor ao sucessor dos Apóstolos, que continua, na fé, a missão de São Pedro. O papa é o Guardião zeloso da fé;
18-Rezemos pelo papa Francisco para que se mantenha fiel a Cristo. Que Deus conceda-lhe saúde, da alma e do corpo, constância na fé e amor oblato à Igreja. E a nós peregrinos rumo à pátria da eternidade, conceda-nos fidelidade, até a morte, professando a fé católica e permaneçamos firmes no amor.
Pe. Jerônimo Pereira Bezerra
In Christo per Marian

Sabemos que dar a vida por Jesus é graça. E eu peço sempre ; Senhor, eu te amo, mas aumenta o meu amor !!!
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