Solenidade da Assunção de Nossa Senhora
Caríssimos irmãos e irmãs
(Lc 1,39-56)
Salve, Maria Imaculada!
O dogma da Assunção da Virgem Maria foi proclamado pelo Papa Pio XII no dia 1º de novembro de 1950, sendo instituída esta celebração para o dia 15 de agosto, mas, por razões pastorais, no Brasil esta Solenidade é transferida para o domingo seguinte.
(1) A igreja sempre professou, de modo consciente, que a Virgem Santíssima recebeu de Deus, todas as glórias que poderiam ser concedidas aos homens;
(2) “Então apareceu no céu um grande sinal: uma Mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas.” A mulher vestida de glória. Deus ornou Maria com todo o seu poder. Em Apocalipse, Maria está revestida do sol, isto é, Cristo, e pisa a lua, que representa a fragilidade deste mundo.
(3) Entendam: ao ser escolhida para mãe do Salvador, quis Deus, na sua bondade, preservá-la da mancha do pecado. “Entre Maria e o pecado não há acordo.” (Dom Henrique Soares da Costa)
(4) “Pelo que, depois de termos dirigido a Deus repetidas súplicas e de termos invocado a paz do Espírito de verdade, para glória de Deus onipotente, que à virgem Maria concedeu a sua especial benevolência, para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória da sua augusta mãe, e para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos S. Pedro e S. Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado, que a imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial.” (MUNIFICENTISSIMUS, 44)
(5) Celebramos hoje, o principal dogma da Virgem Maria, pois nesta solenidade, contemplamos a plenitude divina na Virgem Maria;
(6) Maria sofreu com Cristo e morreu na sua maternidade. Sendo assim, Maria foi glorificada pelos méritos de Cristo;
(7) A igreja professa que a Virgem, de corpo e alma foi Assunta ao Céu. Aquele corpo, sem pecado, foi sacrário de Cristo. E sendo assim, ornada de beleza, a Mãe de Deus, que viveu plenamente e morreu com Cristo, sim, Maria morreu. Contudo, não ousamos chamar morte o que aconteceu com a Virgem Santíssima no transcurso final de sua vida na terra.
(8) A assunção que celebramos hoje é sinal de esperança. O destino Dela será o nosso;
(9) Nossa Senhora foi unida de modo misterioso a Cristo. Cristo morreu e ascendeu ao céu, ou seja, com sua própria potência, sendo Deus. Já Maria foi elevada, não por si mesma, mas o Pai, por Cristo, na força do Espírito Santo elevou-a à glória celeste;
(10) “A 2ª Leitura (1 Cor 15, 20-27) completa a ideia da 1ª. Paulo, falando de Cristo, primícia dos ressuscitados, termina dizendo que, um dia, todos os que crêem terão parte na Sua glorificação, mas em proporção diversa: “Primeiro, Cristo, como os primeiros frutos da seara; e a seguir, os que pertencem a Cristo” (1 Cor 15, 23). Entre os cristãos, o primeiro lugar pertence, sem dúvida, a Nossa Senhora, que foi sempre de Deus, porque jamais conheceu o pecado. É a única criatura em quem o esplendor da imagem de Deus nunca se viu ofuscado; é a Imaculada Conceição, a obra prima e intacta da Santíssima Trindade, em quem o Pai, o Filho e o Espírito Santo sentiram as suas complacências, encontrando nela uma resposta total ao Seu amor.” (Mons. José Maria)
(11) A solenidade da Assunção de Maria é uma manifestação da glória de Cristo. Ao celebrarmos esta festa, recordamos que a Mãe Igreja contempla, em Maria, o seu destino.
(12) As doze estrelas representam Israel. O povo de Deus, ou seja, a Nova Israel, a Igreja, mas também Maria, mãe do povo de Deus. “Uma mulher: essa mãe mística é a cidade de Deus, a Jerusalém celeste. A sinagoga, em sua maturidade espiritual, dá à luz Cristo e, em seguida, a Igreja dá à luz os cristãos. Os seus traços adaptam-se também a nossa Senhora, à Virgem Maria: nas dores de sua “compaixão” ela dá à luz os irmãos de Jesus que formam, unidos com ele, Cristo total.”
(13) O evangelho, no cântico do _magnificat,_ nos coloca no átrio da casa de Zacarias: Maria chega com o Verbo da vida no seu precioso ventre. Leva a própria alegria e salvação do seu povo. Ao entoar o cântico do _magnificat,_ profetiza a devoção de toda a Igreja a Maria: “Doravante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada”. (Lc 1,48) “As palavras de Maria expressam o dever da Igreja de recordar a sua grandeza e, por conseguinte, esta solenidade é um convite a louvar o Senhor e a contemplar a importância de Nossa Senhora na História da Salvação, porque, através dela, o verbo de Deus se fez carne e veio habitar entre nós (cf. Jo 1,14).”
Hoje é o domingo de oração pelas Vocações Religiosas. Rezemos para que Maria continue sendo o modelo para todos os consagrados e consagradas, para tornarem-se sempre mais verdadeiros sacramentos de Deus no mundo atual.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Para sempre seja louvado e amado!

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