Saudade do bispo alheio




                       (Imagem: Sacerdos photo)





Oh! Saudade tão doída, de escutar a sua voz, perceber seus passos e contagiar-me com o discreto sorriso. Sim, estou, aos poucos, tomando juízo.


Hoje, 18 de julho, celebramos o 2º ano da Páscoa eterna de Dom Henrique Soares da Costa, um dos prelados mais exponenciais da Igreja no Brasil. Sua convicção de fé, amor à Igreja, coragem no anúncio da verdade e compromisso com o Evangelho são marcas de sua breve existência neste mundo.


“O dia da minha morte será o dia mais importante da minha vida. O que me espera? O nada, o vazio ou uma vida plena?”. O sentido essencial do morrer é o viver. Vivo neste mundo por Cristo, com Cristo e em Cristo. Caminho neste mundo, tendo por meta a vida eterna.


Ó cristão, entenda tua vida para compreender tua morte. Cristo é tua vida. Se viveres com Jesus, morrerás com Jesus.


O santo Leão de Palmares vociferava o desejo de viver e morrer com Jesus. Sua vida e sua morte foram — e são — sinais da vida eterna.


Sua fidelidade a Cristo e à Igreja marcou e deixou um estupendo legado de fé para gerações vindouras. Daqui a alguns anos dirão: “Viveu neste mundo um santo bispo, dedicado ao povo de Deus, mestre do saber teológico e catedrático no cumprimento do seu munus de ensinar. Fiel à sã doutrina.”


Humanamente, não compreendemos sua morte, mas amávamos sua vida. Como cristão e sacerdote, entendo: Deus, na sua onipotência e sabedoria, tem um propósito em tudo. Sua morte não foi vã. Há um propósito absconso e misterioso subjacente no plano divino.


Portanto, “Quem teme o Senhor sentir-se-á bem no instante derradeiro; no dia da morte será abençoado.” (Eclo 1,13)


Pe. Jerônimo Pereira Bezerra

In Christo per


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