Artigo escrito na eleição do cardeal Ratzinger - HABEMUS PAPAM!!!

O artigo foi escrito na época de seminarista, cursando o 3º de filosofia no Seminário de Maceió

EXCELENTISSIMO E REVERENDISSÍMO DOMINUS CARDINALE JOSEFH RATZINGER

 

            Os céus e terra cantam de alegria, a Igreja não estar mais órfã, Cristo Senhor, enviou o seu Divino Espírito e é eleito o novo Papa. Os nossos corações se inflamam de alegria, pois despontou para nós um novo horizonte. Com toda veemência o Paráclito agiu mais uma vez no seio eclesial. Sim, temos Papa e isto é motivo de alegria. E o nome dele é Bento XVI. O cardeal Joseph Ratzinger, é com toda a certeza um dom de Deus para a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele representa um novo tempo para o mundo, mas com toda veracidade os ensinamentos do Evangelho, a preservação dos dados revelados pela fé e pela tradição apostólica, serão assegurados pelo novo Sumo Pontífice da Igreja de Cristo. Depois do grande papa João Paulo II, foi eleito uma das figuras mais importantes do catolicismo, que tanto lutou como cardeal para preservação de todas as verdades da nossa fé.

            O nosso coração neste momento singular da vida da Igreja deve palpitar de amor e alegria, porque o Senhor não desampara a sua Igreja. Muitas são as especulações, que já se proliferam nos meios de comunicação. Por exemplo, Qual será a fio norteador do novo Papa? Será que vai seguir a linha de João Paulo II?  Isto não nos interessa saber agora, devemos confiar no amor de Deus e sermos esperançosos e amarmos o novo papa.

            A linha do novo papa, será a linha do Evangelho de Cristo. O que nos interessa saber, é que o amor de Deus o conduzirá, para que o novo Papa, seja o pastor que a Igreja precisa.

            Devemos tomar consciência, que o Papado é uma instituição divina. Deus em sua suma sabedoria coloca um homem, para ser sinal de sua presença paterna na vida da Igreja. O novo papa terá a missão de resplandecer a luz de Cristo, para o mundo, que urgentemente necessita da luz do Espírito Santo.

            Deus agirá no novo Papa para que ele possa agir com sabedoria e firmeza, pois foi o Senhor, quem o escolheu para uma árdua e bela missão, de conduzir a Igreja, como pastor supremo na terra, e fazendo às vezes de Cristo sendo um Bom Pastor, aquele que oferta sua própria vida para amor a grei a ele confiada. Por tal motivo, Cristo possibilitará os meios necessários, para que o novo papa tenha um bom labor pastoral.

            O novo Papa, tem a missão de continuar o desejo do seu predecessor, isto é, o de formar uma única família de Cristo, em torno do Altar da Eucaristia, pois, ele é o sinal amoroso de unidade da Igreja.  “Papa, Bispo de Roma e sucessor de S. Pedro”, “é o perpetuo e visível princípio e fundamento da unidade, quer dos Bispos, quer da multidão de fiéis”. [1]  

            Especula-se, que por causa da idade o Santo Padre ele vai demorar pouco nesta missão a ele confiada. Não nos interessa saber se ele vai demorar pouco ou muito, o que nos importa é viver o presente, que é uma manifestação prodigiosa do Senhor no seio eclesial.

            A nossa atitude neste momento singular da vida da Igreja é louvar a Deus, por sua ação misericordiosa e pedir a Ele, que dê ao novo Papa a força e coragem, para verdadeiramente ser a pedra de segurança na qual a Igreja deve se apoiar.

            O novo papa tem a missão de levar a implantação do Reino de Deus, para todos os povos, através dos meios de comunicação do tempo hodierno. Comunicar-se e amar os nossos jovens, que são o futuro da Igreja, porque não dizer o futuro do mundo. Eles serão os novos mártires da Igreja. Que lutaram a favor da verdade e da valorização dignidade da pessoa humana.

            Abramos o nosso coração para este novo papa, que com toda certeza é um sinal do amor de Deus para o mundo. Leonardo Boff, afirma, “será difícil amarmos este novo Papa”. Esta afirmação é equivocada e limitada, pois ele não pode julgar a parte pelo todo, este é um sentimento subjetivo, isto é, fruto de experiência pessoal frustrante, que não pode ser julgado como se fosse totalitário. Pois muitas pessoas em todo o mundo, que verdadeiramente amam a Igreja e o Cristo, sabem que esta escolha dos cardeais, foi uma escolha de Deus para a Igreja e Deus escolhe sempre o melhor.

            Aquele que se opõem ao novo Papa, devem lembrar, que Deus tem seus insondáveis e incompreensíveis mistérios de amor, que a nossa razão, jamais compreenderá sem o auxílio da fé. O que devemos fazer é ver neste novo Sumo Pontífice a expressão real do amor Divino pela espécie humana e deixar de probalar os nossos pré-conceitos medíocres e unilaterais.

            Portanto, que Senhor opere na força do seu Divino Espírito na vida da Igreja, permeando-a de paz, alegria e muita luminosidade, que brota do coração do seu Amado Filho.

---

[1] Compêndio Vaticano II. Constituição Dogmática Lumem Gentium, nº 23, 29º edição, Petrópolis-RJ: Vozes, 2000.